A Escola Secundária de Mavila, no distrito de Zavala, província de Inhambane, suspendeu o professor Reginaldo Arnaldo Mangue das atividades de docência por se recusar a cortar o cabelo, contrariando as normas de apresentação exigidas pela instituição.
De acordo com o despacho assinado pela direção da escola, o docente, que leciona a disciplina de Língua Inglesa desde o início do ano letivo de 2024, está afastado das suas funções até que se apresente com os cabelos “curtos e bem arranjados”, conforme estipulado pelo regulamento interno da instituição.
O caso foi discutido em duas reuniões entre o professor e a direção da escola, realizadas nos dias 2 e 19 de junho de 2025, e posteriormente com a Comissão de Ética no dia 20 de junho. Durante os encontros, foi recomendado que o professor ajustasse o corte de cabelo para se alinhar às normas de vestuário e aparência profissional exigidas, com o argumento de que o professor, além de ensinar, deve servir de exemplo para os alunos.
O docente, entretanto, recusou o pedido, justificando que o comprimento do cabelo corresponde ao seu estilo pessoal e preferências, o que motivou o processo de suspensão.
A direção da escola fundamenta a medida no Regulamento Interno, nomeadamente no ponto que orienta os funcionários a “vestirem-se decentemente e de forma exemplar, com cabelos curtos e bem arranjados”, além de defender o prestígio e valorização da função docente.
A suspensão tem duração inicial de três dias úteis, contados a partir da data de conhecimento formal do docente sobre a decisão. Após esse período, poderão ser aplicadas outras medidas administrativas caso o professor insista em não cumprir as exigências estabelecidas.
O documento é assinado pelo diretor da Escola Secundária de Mavila, Absalone Simão Beleque, e foi formalmente comunicado ao professor no próprio dia 20 de junho.
